Sabemos que nas instituições de saúde, o tratamento, atendimento e relação com cada paciente devem ser únicos e individuais. Porém, de maneira geral, é extremamente válido seguir algumas normas e padrões em determinados processos. Essa padronização de procedimentos deve ser utilizada como uma ferramenta de gestão da qualidade da instituição de saúde.
Para que alcance um bom resultado, é necessária a participação ativa de colaboradores de todos os setores da organização, de modo que seja elaborada de forma coletiva. Deve ser atualizada periodicamente, além de divulgada através de treinamentos e afins para os profissionais.
Padronização de procedimentos: por quê?
A padronização de processos na área da saúde veio a partir da criação de uma técnica que fosse eficaz e que ajudasse na organização das metodologias e ações da instituição, tendo como objetivo uma maior qualidade em serviço e servindo como suporte para a avaliação de resultados.
Sem a devida padronização de normas e técnicas, a assimilação dos processos de trabalho é dificultada, o que gera riscos na assimilação de tarefas e aumenta consideravelmente as chances de patologias geradas a partir de erros médicos.
Como padronizar?
Normalmente, a padronização de procedimentos e normas de uma instituição de saúde é feita através de protocolos e do POP (Procedimento Operacional Padrão).
Porém, antes de iniciar este processo, é importante que se realize uma análise geral da situação da instituição para que se tenha conhecimento dos principais processos de trabalho realizados.
Assim, a instituição deve iniciar o processo de padronização por essas tarefas que possuem maior impacto ou mesmo as que possuem maior custo. E aos poucos ampliar os que serão padronizados com o tempo e na medida do que for preciso.
Isso deve ser feito de modo metódico e organizado. Não se deve esquecer da importância de ter a participação dos colaboradores de todos os setores da instituição.
Normalmente, as instituições que adotam estes padrões de qualidade e segurança passam por métodos avaliativos tanto internos e externos. A avaliação interna se faz através de comissões de qualidade em auditoria, controle de infecção hospitalar, ética em pesquisa, educação continuada, prevenção de riscos, entre outros.
Já na avaliação externa, podemos citar como exemplo a Acreditação Hospitalar, metodologia que, no Brasil, é realizada por iniciativa da própria instituição e acontece de maneira periódica e reservada (ou seja, as informações coletadas em cada organização de saúde não são divulgadas) e se baseia nos padrões e normas pré estabelecidas. Em alguns países, ela pode ser obrigatória por lei.
POP (Procedimento Operacional Padrão)
O POP é a ferramenta mais comum de padronização de procedimentos nas instituições de saúde, como o próprio nome já diz.
Pode ser usado como ferramenta para o treinamento de novos funcionários e deve ser de fácil entendimento, para que todos possam saber o que, como e quando fazer. Dessa forma, ele proporciona mais segurança aos profissionais que irão segui-lo e também aos pacientes da instituição, pois se os profissionais estiverem completamente a par dos padrões do POP, eles estarão menos sujeitos a erros médicos.
Padronização na área da saúde
Abaixo, podemos ver, como exemplo, um comunicado publicado no Portal Brasil sobre a padronização exigida pela ANVISA em relação à qualidade de agulhas e seringas. Neste caso, a padronização era para os fabricantes do material, o que automaticamente afeta as instituições de saúde, que devem assumir também o padrão de materiais:
Anvisa atualiza normas técnicas para seringas e agulhas descartáveis
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial da União uma resolução para atualizar as normas e exigências de qualidade das agulhas e seringas descartáveis, usadas em procedimentos médico-hospitalares.
A principal novidade do novo regulamento é a padronização de acordo com os requisitos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Até então, a aplicação das normas da ABNT era opcional aos fabricantes. Com a nova norma, esses requisitos passam a ser obrigatórios.
A decisão foi tomada pela Anvisa em reunião no dia 11 de janeiro. As regras são dirigidas aos fabricantes e passam a valer dentro de 360 dias.
Além dos requisitos previstos nesta resolução. As seringas de uso único devem atender também aos requisitos de certificação de conformidade do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (Sbac).
Fonte: Portal Brasil
E então…
Podemos concluir que a padronização de processos em uma instituição de saúde é de extrema importância e necessidade, principalmente para reduzir o risco de erros médicos e trazer a qualidade na assistência médica, gerando satisfação e segurança na realização dos procedimentos, tanto para profissionais de saúde, quanto para pacientes.
Esse conteúdo foi útil para você? Certamente, nosso último e-book lançado também será!