Em meio à corrida contra o coronavírus, nas últimas semanas, o setor nacional de saúde foi surpreendido com uma novidade: a regulamentação da telemedicina durante a pandemia.
Até então, vínhamos acompanhando de perto as discussões da classe médica a respeito dos serviços online. Aos poucos, o que antes era apenas uma hipótese foi reforçado pelo Conselho Federal de Medicina, que reconheceu o uso dos telesserviços de forma excepcional no momento. Logo depois, foi a vez do Ministério da Saúde publicar uma portaria regulamentando o atendimento médico via Internet.
A Câmara disse sim. O Senado também. Agora, foi a vez do presidente sancionar o projeto que autoriza seu uso.
Mas, afinal, o que muda daqui para frente? Que tipo de atendimentos poderão ser oferecidos via telemedicina? Se você possui dúvidas como essas, saiba que nós reunimos os principais questionamentos e suas respostas para te ajudar. Confira a seguir!
Telemedicina em tempos de coronavírus: o que você precisa saber
Que serviços poderão ser feitos de forma remota?
Os profissionais de saúde conseguirão realizar telediagnósticos, teleconsultas, assistências diversas e monitoramento constante, por exemplo. Haverá, ainda, a possibilidade de teleinterconsultas, nome dado à troca de informações entre médicos.
Vale ressaltar que todas as especialidades poderão se utilizar da telemedicina para atender — e os procedimentos não se restringem ao coronavírus. De qualquer forma, tudo deverá ser constado em um prontuário, com detalhes como o registro do profissional em questão, data e horário do que foi realizado e o tipo de tecnologia utilizada.
Quais os benefícios da telemedicina no combate à Covid-19? A doença pode ser diagnosticada à distância?
Num momento em que a recomendação das autoridades sanitárias é se manter isolado, o projeto de lei só tende a contribuir para a contenção do vírus. Dessa forma, médicos e pacientes conseguirão interagir sem qualquer proximidade física, o que protege ambas as as partes.
Financeiramente, para as unidades de saúde, o novo modelo certamente é vantajoso: além da proteção, traz consigo certa economia de recursos e a possibilidade de atender pacientes de áreas distantes com facilidade.
No entanto, destacamos que o diagnóstico final relativo à Covid-19 ainda fica restrito ao contato presencial, uma vez que é preciso coletar materiais respiratórios pelo nariz e garganta.
De todo modo, nada impede que o médico faça algumas recomendações com base em uma teleconsulta, por exemplo.
Mas e depois da pandemia?
Como o projeto de lei diz respeito ao período atual, ele não prevê a ampliação do serviço à distância após a pandemia, mesmo com a regulamentação do Conselho Federal de Medicina.
Qual a relação dos outros países com essa forma de atendimento?
Durante esse período, são diversos os países que também tem apostado na telemedicina para evitar o contágio da Covid-19.
Uma reportagem do Correio Braziliense revelou que, na China, há um boom sem precedentes da funcionalidade. Um ótimo exemplo do aumento do tráfego é um hospital da cidade de Xangai, que passou de zero a mais de 5.000 atendimentos em questão de semanas — mesmo com sua plataforma online à ativa desde 2015.
Já na Itália, um dos países mais afetados pelo vírus (e um dos pioneiros em teleatendimento), diversas empresas de telesserviço têm se mobilizado para oferecê-lo gratuitamente às instituições necessitadas. Nomes como a Paginemediche e a DaVinci Salute são alguns deles, que contam basicamente com consultas remotas e informações atualizadas para pacientes.
A situação nos Estados Unidos é um pouco mais complexa. Isso porque, por lá, a prática da telemedicina é regulamentada há um bom tempo, mas ainda enfrenta restrições em determinadas regiões. O esperado é que, em uma situação como essa, o serviço só tenda a se popularizar.
E então, esse artigo tirou as suas dúvidas? Caso você tenha alguma outra pergunta, fique à vontade para compartilhar com a gente! Será um prazer poder te ajudar.