O barramento de dados na saúde é um dos pontos do setor que recebe menos atenção por parte da maioria da instituições. Mesmo que a interoperabilidade nos cuidados de saúde seja um requisito para uma comunicação eficaz entre as entidades. E ainda, garanta o acesso oportuno a informações atualizadas do paciente e ao conhecimento médico.
A integração entre consultórios médicos e laboratórios se tornou uma necessidade urgente da área, porém com pouco reconhecimento. Afinal, para isso seria importante se construir um cenário tecnológico extremamente seguro para que não ocorra nenhum vazamento. E muitas instituições não se dispõem a investir nisso.
Este atraso, em relação a barramento, no setor da saúde teve maior destaque durante a pandemia mundial. Momento em que inúmeros pacientes tiveram atendimento via telemedicina, tecnologia que avançou exponencialmente nos últimos anos, porém ainda sim, careceu-se de algo tão essencial.
Falaremos um pouco mais neste artigo sobre a importância de termos a integração dos dados nos sistemas de saúde com o objetivo de otimizar processos e inovar.
O que é barramento?
Em suma, barramento se refere à todos os itens que encontramos em um computador. Como, por exemplo, a memória, o processador, a placa de vídeo e outros componentes que estão ligados à placa-mãe.
Existem três tipos de funções de barramentos:
- Barramento de endereços;
- Barramento de dados;
- Barramento de controle.
Conheça alguns problemas causados pela falta de integração de dados
A falta de integração de dados afeta todo o sistema da saúde, indo além de clínicas e hospitais, impactando até empresas de planos de saúde. Afinal, o agrupamento de passos do paciente em um único lugar, otimiza tempo, e oferece maior facilidade no processo de liberação, o maior desafio institucional. Assim, removendo a necessidade do paciente enviar a guia ao plano de saúde, e ter de esperar para conseguir agendar o exame.
Mas como isso ainda não acontece, veja os problemas que esta falta de barramento de dados na saúde causa no dia a dia de pacientes e empresas:
- Não tem como o médico ter acesso ao histórico clínico, com isso, o paciente precisa contar a sua trajetória para todos os especialistas que passar, podemos gerar um atendimento não tão eficiente;
- Atraso na hora de faturar as contas médicas, já que temos um acréscimo de tempo;
- Problemas para produzir um indicador de qualidade, performance e segurança;
- Dificuldades quando o assunto são informações sobre o paciente: toda consulta precisa ser feito o cadastro de dados pessoais – gerando, algumas vezes uma fila nos consultórios e aumento nas horas trabalhadas dos funcionários que poderiam ser aproveitados de outra forma;
- Um custo operacional elevado em todos os locais de saúde;
- Atraso no processo de exames e consultas como falamos acima;
- Para sustentar a operação a empresa tem aumento de pessoas que entende de tecnologia.
Como funciona o barramento de dados no SUS
No SUS (Sistema Único de Saúde), através do Cartão Nacional de Saúde, é possível perceber a utilização do barramento de dados para otimização de tempo, e serviço, entre as áreas que precisam se comunicar para o atendimento dos pacientes em todas as suas necessidades.
Mas como isso é feito? Para a segurança de dados, se utiliza o DATASUS (Departamento de Informática do SUS), responsável pela garantia do sigilo de todas as informações do cidadão.
Depois disso, o departamento desenvolveu uma arquitetura destinada para atender todas as partes de sistemas que possuem tecnologia – o Barramento SOA do Cartão Nacional de Saúde.
Através da Camada de Aplicação é possível ter a conexão de vários aplicativos, que tiveram seu desenvolvimento feitos pelo próprio DATASUS, outros estados, operadoras de planos de saúde, dentre outros, com o barramento SOA.
Bem como, na camada pode você pode trabalhar diversas linguagens de programação como, por exemplo, PHP, Java, etc. Porém para que isso aconteça de forma efetiva é necessário que a troca de informações aconteça de forma normatizada, neste caso, para o SUS, de acordo com a Portaria de Interoperabilidade 2.073.
Ainda no caso do barramento e as informações do CNS (Cartão Nacional de Saúde), os responsáveis pelo desenvolvimento criaram alguns padrões para realizar o cruzamento de dados para identificação de pacientes em sistemas de informação diferentes segundo com o exige o PIX (Patient Identifier Cross-Referencing) IHE (Integration the Healthcare Enterprise) e MPI (MatchMerge Patient Identification).
