Barramento e gerenciador de API: entenda suas diferenças

Em meio à Revolução Tecnológica experimentada hoje, parece inegável pensar a importância das APIs na rotina das instituições. Afinal, são os conjuntos de rotinas, padrões e ferramentas os responsáveis por cada software que chega até a nós por meio da tela. Através deles, conseguimos não só trabalhar com uma boa quantidade de dados, mas desenvolver verdadeiros ecossistemas digitais!

Mas afinal, quando pensamos no trabalho com APIs, qual o papel de seus gerenciadores? O que os diferente dos barramentos de serviços? Para solucionar essas dúvidas, convidamos nosso Product Owner, Rander Rodrigues, para falar um pouco sobre o assunto. Verdadeiro especialista no tema, o profissional lida com isso diariamente… e com certeza tem muito a compartilhar. Vamos lá?

1) Para começar, você pode nos explicar em que consistem as ferramentas de gestão de API? Em que casos elas são indicadas?

Primeiramente, devemos ter em mente o significado do termo API. De forma simples, API consiste em permitir que softwares de diferentes plataformas e linguagens de programação se comuniquem de forma mais simples e escalável. As soluções de gerenciamento de API’s são ferramentas que fornecem mecanismos para disponibilizar funcionalidades em formatos padronizados e amigáveis a fim de atender as partes interessadas, visando proteger os dados com controle de acesso e gerenciar melhor as API’s.  

Essas ferramentas são aplicáveis em ambientes de alta conectividade, onde há a necessidade de sustentar o acesso aos dados da organização para garantir a confidencialidade e gestão desses dados. Quando nos deparamos com um mundo em constante transformação, percebemos que necessitamos de soluções robustas que possibilitam flexibilidade, autonomia e agilidade na entrega de valor para os clientes. Ou seja, ferramentas de Gestão de API’s sem encaixam perfeitamente nessas necessidades e contexto.

2) E quanto aos barramentos de serviço, quando seu uso é recomendado?

Os barramentos de mercado, conhecidos como ESB, normalmente estão relacionados com a adoção do que chamamos de Arquitetura Orientada a Serviços (SOA), pois os ESB’s disponibilizam algumas funções para este tipo de arquitetura. O seu uso é recomendado quando é necessário utilizar mecanismos de orquestração e transformação de mensagens, sendo o barramento neste caso um mediador/tradutor de mensagens entre aplicações.

3) Por que ainda há quem confunda os dois?

Alguns conceitos são intercambiáveis e a grande questão do uso de um ou outro está relacionado com a realidade da organização. A semelhança entre algumas funções de ambos causa confusão quanto aos seus propósitos.

4) Hoje, como costuma se dar o gerenciamento de APIs/barramento de serviços dentro dos hospitais? É algo que, na prática, dá muito trabalho?

Na área da saúde, principalmente no Brasil, a necessidade de possuir alguma dessas plataformas começou a surgir nos últimos anos. Os hospitais não estão resolvendo seus processos apenas com um ERP, o que gera, com isso, a necessidade de integrar sistemas internos e parceiros para prover um melhor cuidado para seus pacientes. Devemos considerar, no entanto, que algumas instituições estão bem avançadas quanto ao uso de soluções de barramento ou gerenciamento de API’s. Outras já discutem até padrões de interoperabilidade em saúde.

Diariamente, vale lembrar que muitas organizações demoram bastante tempo para integrar seus sistemas – o que geralmente acontece de forma descentralizada e não padronizada – e na maioria dos casos, desistem de avançar com o desenvolvimento dessas integrações. Assim, buscam soluções para gerenciar tal conectividade, emponderar seus parceiros e trazer segurança dos dados dos pacientes. Caso contrário, tudo tende a dar muito trabalho… além de gastar o tempo dos profissionais!

5) Como você sabe, vivemos em um contexto no qual o vazamento de dados é mais comum do que se imagina. Pensando na violação de informações, qual a maior vantagem de contar com funcionalidades desse tipo?

O uso de gerenciadores de API’s proporciona controle centralizado do acesso aos dados por meio de um único local. Ou seja, a maior vantagem está no fato de a instituição conseguir gerenciar o acesso às informações em um único ponto de entrada, administrando os parceiros com o credenciamento devido, além de seguir as melhores práticas de segurança atuais do mercado.

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Nuria © 2012-2023
Feito com ❤️ em Belo Horizonte

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