Segurança do paciente: como aumentar e garantir?

Nos últimos tempos, diferentes estudos científicos demonstraram como os pacientes estão suscetíveis às falhas hospitalares. Neste contexto, a segurança do paciente tornou-se a principal forma de prevenção. Uma vez que, os danos geram um aumento no tempo de internação, sequelas permanentes e até mesmo a morte.

A qualidade do serviço prestado nas instituições de saúde é uma exigência cada vez maior da população, e cabe às entidades adotar medidas que correspondem às expectativas da sociedade.

Ao longo deste post, vamos apresentar o que é a segurança do paciente, sua evolução e os protocolos básicos de aplicação na medicina.

O que é o cuidado com o usuário?

A segurança dos usuários é um conjunto de práticas executadas pelas instituições de saúde para reduzir ao máximo as falhas nos hospitais.

O Brasil é um dos países que compõem a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2004. O objetivo desse acordo é adotar parâmetros que aperfeiçoam o atendimento e aumentem a qualidade dos serviços prestados.

Um estudo realizado pela Revista Brasileira de Enfermagem (REBEN), mostrou que a incidência de eventos adversos no país é alta: 7,6%. Nessa porcentagem 66% são evitáveis. Ou seja, existe a necessidade de se debater mais o cuidado com os usuários.

O que é o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP)?

O Ministério da Saúde instaurou em abril de 2013, por meio da Portaria nº 529, de 01/04/2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Esse programa abrange medidas voltadas totalmente para o bem estar dos cidadãos no período de internação.

A primeira medida desse projeto é a obrigatoriedade de todos os hospitais do país, públicos ou privados criarem núcleos de segurança. Estes grupos deverão promover ações para a implantação da gestão de risco no serviço da saúde e a integração dos colaboradores nos processos de gerenciamento de ameaças.

Qual a relação entre a proteção do usuário e qualidade no atendimento?

A segurança do paciente é uma das seis dimensões mais importantes para que a assistência possa ser considerada de qualidade.

Abaixo alguns dos principais aspectos que devem compor a jornada do usuário:

  • segura: tudo aquilo que deve ser feito para evitar que o paciente sofra danos desnecessários;

  • efetiva: o atendimento deve ser realizado com o foco em fazer a coisa certa para quem precisa. Isso quer dizer que ela não deve cometer excessos e nem deixar de realizar qualquer tipo medida;

  • centrada no paciente: os valores e preferências do indivíduo sempre devem ser consideradas para a tomada das decisões;

  • eficiente: o atendimento ao paciente deve ser racional, evitando qualquer tipo de desperdício ou excesso. Não devem ser gastos quaisquer recursos sem que haja necessidade;

  • igualitária: a qualidade da assistência prestada deve ser igual para qualquer ser humano. Não importando gênero, raça, idade, religião, condição econômica ou característica social ou cultural;

  • oportuna: qualquer perda de tempo ou atraso deve ser evitado, tanto do ponto de vista do paciente quanto do ponto de vista do profissional.

Como acontece a convenção de identificação no hospital?

O protocolo de identificação do paciente foi criado para apresentar orientações ao setor de saúde de como garantir uma abordagem uniforme no reconhecimento dos usuários.

Esse regulamento descreve alguns erros evitáveis como:

  • erro ao administrar os medicamentos;

  • troca de membro durante o processo cirúrgico;

  • erro de diagnóstico médico ocasionado por troca de exames;

  • troca de recém-nascidos na maternidade;

  • risco de infecção hospitalar, e outros.

O acordo de identificação do paciente exige, entre outras coisas, a necessidade de usar pelo menos dois diferenciais (ex.: nome e data de nascimento do paciente). Na pediatria, também é indicado colocar o nome da mãe.

Além disso exige-se o uso de pulseiras de cores diferentes, inserida normalmente no braço do paciente (em casos de bebês recém-nascidos, coloca-se no tornozelo), para a conferência de dados.

Esta confirmação da identificação do paciente antes de seu atendimento inclui ainda processos como:

  • a orientação da administração correta de medicamentos;

  • tipo sanguíneo do paciente (para o caso de transfusão);

  • coleta de material para a realização de exames;

  • realização de procedimentos mais agressivos.

De que modo o treinamento da equipe pode aumentar a segurança do paciente?

A capacitação dos profissionais de saúde deve ser uma das principais prioridades das instituições. Pois, serão eles os responsáveis pela preservação da vida dos usuários.

É importante ressaltar que normalmente as falhas no atendimento é resultado de um despreparo coletivo ou individual dos colaboradores. Dessa forma, alinhar os funcionários é garantir o bem estar de todos.

A seguir, alguns links e documentos para auxiliar sua pesquisa sobre o tema:

Portarias, Notas Técnicas e Resoluções:

Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde (ANVISA):

Protocolos contidos em Portarias 2095 e 1377:

Materiais e protocolos preventivos:

A segurança do paciente deve ser uma preocupação de toda a instituição de saúde. E, no momento atual, com os vários recursos tecnológicos disponíveis no mercado, tornou-se significativamente fácil proporcionar um bom atendimento. Dessa maneira, os aspectos acima precisam ser estudados e aplicados para que os riscos à saúde do paciente diminuam o máximo possível.

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