Setembro amarelo – Uma conversa séria sobre saúde mental

Para fechar o mês da luta contra o suicídio, decidimos escrever um texto sobre saúde mental para deixar claro a importância da mesma no combate ao suicídio.

O setembro amarelo, assim como outubro rosa e novembro azul, são campanhas promovidas para chamar atenção da população para problemas de saúde pública.

Setembro, outubro e novembro são marcados por várias “manifestações” que fazem referência aos assuntos abordados. Algumas instituições públicas, atrações turísticas e outros locais utilizam iluminação ou ornamentos das respectivas cores durante o mês para marcar a data em diferentes cidades.

 

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A data oficial do dia Nacional da Prevenção ao Suicídio é no dia 10 de setembro. Durante o mês, organizações sem fins lucrativos que fazem menção ao assunto se juntam em parceria com várias outras instituições para mostrar à sociedade o quão importante é conversar sobre esse tema.

Dados mostram que em 90% dos casos o suicídio pode ser prevenido e é justamente por isso que precisamos falar sobre esse assunto. Mesmo não sendo nada agradável comentar, é imprescindível expormos a situação, já que essa é uma das únicas maneiras de lutar contra esse mal.
Enquanto estudava sobre saúde mental para o blog, me deparei com o seguinte título num site de notícias inglês: 


“One in four girls is depressed at age 14, new study reveals”

 

A tradução do título é: “Estudo revela que uma, a cada quatro meninas com 14 anos, tem depressão”. A notícia fala sobre um estudo que foi realizado pela universidade de Liverpool (Cidade dos Beatles a noroeste da Inglaterra), em parceria com a universidade de Londres.
O estudo mostrou, entre outras coisas, a disparidade com relação ao sexo masculino, onde 1 a cada 10 meninos tem depressão.

Foram analisadas 10 mil crianças nascidas nos anos de 2000 e 2001. Estas fazem parte da geração millenium.

Clique aqui para ver o vídeo que explica mais sobre as gerações.

Os pais das crianças disseram já ter percebido alguns sinais da doença anteriormente, mas que geralmente é aos 14 anos que eles relatam os problemas emocionais.

Renda familiar

A pesquisa também considerou a renda familiar dos entrevistados, e correlacionou os sintomas de acordo com cada classe social.

O resultado atestou que famílias com melhores condições financeiras apresentaram menor nível da doença. Enquanto, do contrário, famílias com piores condições financeiras apresentaram maior nível da doença entre os jovens millennials.

Os pais dos entrevistados mencionaram também que os problemas reportados pelos jovens são muito diferentes dos que eles tinham na mesma idade.

Essa pesquisa chama atenção para considerar a visão dos jovens sobre a saúde mental.

Desta forma fica mais fácil começar a compreender o que desencadeou a doença, dar suporte e até tratar os sintomas antes que eles tomem proporções catastróficas.

É preciso dar voz à esses jovens, para que os itens supracitados sejam solucionados quanto antes.

Você pode ler mais sobre a matéria em inglês clicando aqui

O Fato é que ainda não saímos de setembro!

Apesar de esses assuntos serem “deixados de lado”, não há outra forma de mudar a situação, senão, promovendo um aumento à saúde mental da população brasileira por meio da comunicação.

Em março de 2017 éramos 11,5 milhões de brasileiros sofrendo de depressão e liderávamos o ranking mundial da ansiedade. Ainda que não tenha sido divulgado pela mídia, o número de mortes aumentou 34% no Brasil esse ano.

Assim como na pesquisa mostrada acima, embora em uma idade mais avançada, o índice de depressão é liderado pelas mulheres. No entanto, os homens são os que de fato chegam a cometer mais suicídios.

Vale lembrar que o suicídio é multifatorial e marcado por complexidades. Não há única causa. Portanto, não devemos atribuir o suicídio à causa única como a depressão ou qualquer outra doença que afete a saúde mental do indivíduo.

Como sair dessa?

Se você conhece alguém que está nessa situação ou se até mesmo você está nessa, respire! Você não está sozinho.

Pensando em possíveis maneiras de te mostrar isso eu aconselho que você leia esse texto aqui.

Ele fala sobre 23 coisas que pessoas com 23 anos deveriam saber. No entanto, penso que o texto sirva para qualquer pessoa de qualquer idade que esteja passando por qualquer problema pessoal e até mesmo problemas que não tenham relação direta com a saúde mental.

Como eu já disse antes nesse artigo, essa situação é mais comum do que você imagina, pessoas que convivem com você no dia a dia possivelmente têm ou já tiveram problemas de saúde mental.

Temos aqui na CM uma pessoa que passou por essa situação e superou. Sim! É possível superar (apesar de parecer que isso tudo nunca vai acabar).

Felizmente isso já tem bastante tempo e depois de passar por tudo isso ele conseguiu olhar para trás e aprendeu muitas coisas. Agora ele topou dividir com a gente.

Para ler o texto do Guilherme Nery clique aqui.

Se ainda assim tudo continua meio nebuloso para você, ou se você quer entender mais sobre essas questões entre em contato com o CVV.

O que é o CVV?

O Centro de Valorização da Vida é uma das maiores armas que temos hoje para lutar contra o número crescente de suicídios.

A Associação realiza apoio emocional e prevenção do suicídio através de atendimentos voluntários via telefone, e-mail, chat e voip 24 horas todos os dias.

O CVV, fundado em 1962 realiza mais de um milhão de atendimentos por ano. Além de prestar um serviço gratuito, fornece total sigilo às pessoas que entram em contato.

Como as pessoas fazem para pedir ajuda

As formas de entrar em contato com o CVV para pedir ajuda, são:

  • telefone 141;
  • telefone 188 (primeiro número sem custo de ligação para prevenção do suicídio que até o fim de setembro atenderá mais localidades para além do sul do país);
  • nos 80 postos de atendimento presencial espalhados pelo Brasil;
  • pelo site www.cvv.org.br;
  • ou via chat e-mail ou voIP.

O pedido de ajuda chega para o CVV e é encaminhado para um dos voluntários preparados para reconhecer os sinais eminentes de alguma situação prejudicial à aquela pessoa que busca ajuda.

Ainda na ligação, o voluntário exerce a comunicação responsável. Tomando as devidas medidas para ajudar a pessoa. Fazem parte das medidas:

  • escuta empática;
  • encaminhamento para profissionais;
  • aceitação sem julgamentos.

Outras opções

Além da possibilidade de poder se abrir com alguém, a pessoa pode contar com manuais de prevenção do suicídio.

Lançados pelo ministério da saúde e direcionados ao público geral, os manuais são gratuitos e estão disponíveis nesse link: cvv.org.br/conheca-mais/

Gostou e quer colaborar?

O CVV aceita voluntários, que depois de realizar um curso gratuito, os mesmos, estarão preparados para atender via telefone, chat e voip.

Portanto, se você tem mais de 19 anos, mais de quatro horas livres por semana e quer ajudar as pessoas, basta que você clique neste link para fazer a inscrição.

Conclusão

O mês de setembro está no fim. Entretanto, a luta contra o suicídio continua acontecendo e você pode fazer parte dela ativamente por meio dos links acima.

Depois desse texto, você ou quem você conhece que esteja passando por esse problema, já tem alguns recursos para tentar “sair dessa”.

Problemas de ordem mental são tão graves quanto qualquer outro problema de saúde. Lembramos que a ajuda de um psicólogo, psiquiatra ou psicanalista deve ser considerada nestes casos. Isso não é vergonha nenhuma para ninguém!

 

A CM Tecnologia é uma empresa que está na luta pela valorização da vida.

 

EU

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Feito com ❤️ em Belo Horizonte

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