Caso você ainda não esteja familiarizado com o termo chave deste artigo: interoperabilidade, iremos explanar para que você desfrute de uma leitura consciente e efetiva.
A interoperabilidade no contexto da saúde refere-se à capacidade dos sistemas de informação, dispositivos e aplicativos (softwares) de acessar, trocar, integrar e interoperar dados de maneira segura, eficaz e sem esforço humano, ou seja, tudo de forma automática.
Em termos mais simples, é a habilidade de diferentes tecnologias e organizações de saúde trabalharem juntas de maneira integrada, permitindo que os profissionais de saúde tenham acesso rápido às informações dos pacientes, independentemente de onde foram coletadas.
Índice do Artigo
Agora que você entende o que a interoperabilidade pode fazer com uma instituição de saúde no quesito tecnológico, queremos apresentar as consequências dessas implementações no cuidado com o paciente.
Criamos este conteúdo para esclarecer os principais impactos que a interoperabilidade de dados pode exercer no dia a dia de quem depende de atendimento clínico, laboratorial ou hospitalar.
Acesso facilitado a informações clínicas para continuidade do cuidado
A forma mais efetiva para garantir o acesso facilitado às informações dos pacientes é o prontuário eletrônico unificado.
Este tipo de prontuário é uma ferramenta essencial na área da saúde cujo objetivo é integrar todas as informações clínicas de um paciente em um único sistema acessível por diferentes profissionais de saúde em diversos locais.
Ele permite uma visão abrangente e completa do histórico médico do paciente, integrando informações que possam ter sido computadas em diferentes sistemas.
Para ilustrar melhor esta facilidade, vamos detalhar como essa integração funciona:
Centralização de dados em uma mesma interface
O Prontuário Unificado pode reunir informações de:
- consultas médicas
- resultados de exames
- histórico de internações
- prescrições médicas
- alergias
- condições médicas pré-existentes
Além desses dados, muitos outros podem ser inseridos nos sistemas de modo a compor o histórico de um paciente.
Acesso Autorizado
A segurança dos dados acontece aqui. Apenas profissionais de saúde autorizados, como médicos, enfermeiros e especialistas, podem acessar o Prontuário Unificado usando suas credenciais de login. Ou seja, quem gerencia os sistemas poderá saber quais pessoas consultaram, cadastraram, excluíram ou alteraram os dados dos prontuários de cada paciente, garantindo assim a segurança da manipulação dos dados.
Isso quer dizer que apenas pessoas autorizadas possam visualizar informações confidenciais do paciente.
Atualização em Tempo Real
Todas as informações são disparadas na interface dos profissionais de forma instantânea, ou seja, caso um paciente esteja passando por um atendimento, as informações serão computadas em um sistema, e esses dados logo irão ser integrados pela inteligência da interoperabilidade, sendo dispostos na tela do próximo profissional que for consultá-los.
Integração de dados vai além de unir sistemas
Além de integrar os sistemas de uma mesma instituição, o Prontuário Unificado pode integrar dados de diferentes fontes e locais, como hospitais, clínicas, laboratórios e consultórios médicos, isto é, as fronteiras de integração sistemática não se limitam a uma localidade, já que a interoperabilidade pode unir toda uma rede de empresas de lugares distintos.
Isso elimina a necessidade de os pacientes fornecerem repetidamente seu histórico médico em cada novo local de atendimento.
A interoperabilidade e os benefícios para os pacientes
Até aqui conseguimos abordar o conceito de interoperabilidade bem como o modo como ela corrobora para um atendimento mais integrado e facilitado do ponto de vista dos profissionais.
Porém, é hora de termos uma observação mais detalhada sobre a forma como essa tecnologia impacta o dia a dia dos pacientes.
Agilidade no atendimento aos pacientes
Este argumento é, de longe, o mais relevante no que diz respeito aos benefícios da interoperabilidade aos pacientes.
Imagine que um paciente inicie o seu atendimento por meio de uma ligação à central telefônica de um hospital.
Ali mesmo o atendente pode colher informações para seu check in, ou quem sabe orientá-lo a acessar uma página para que ele forneça dados pessoais para iniciar sua jornada no hospital.
Após isso, o paciente dá entrada na sala de espera para passar pelos demais processos de atendimento, que podem ser:
- Triagem e Classificação de risco
- Atendimento médico
- Exames ou etapa de medicação
- Retorno ao atendimento médico para liberação ou conclusão diagnóstica
- pós-atendimento (acompanhamento do paciente após sua liberação)
Agora que você visualizou as diversas etapas, imagine que para cada etapa, os profissionais fizeram uso de diferentes sistemas para computarem as informações sobre o paciente.
Sem uma inteligência interoperável, os sistemas não teriam comunicação entre si, fazendo com que cada profissional tenha que repetir cadastros em seu atendimento para estar a par da situação do paciente.
Além de demandar tempo para retrabalhos de cadastros, tornando o processo lento, a instituição pode passar uma impressão de desleixo e falta de comunicação, fazendo com que o paciente não se sinta bem atendido.
Em um contexto de atendimento hospitalar, todos sabemos que os profissionais lidam com a dor e o desconforto de seus pacientes.
Neste sentido, o fato de NÃO ter uma tecnologia interoperável pode agravar mais ainda a sensação de desconforto e atendimento ineficaz.
Programas de saúde focados na realidade de saúde de cada paciente
Ao ter em mãos os dados completos dos diversos sistemas usados pelos profissionais (dentro e fora da instituição), a organização poderá criar programas de saúde mais focados e personalizados de acordo com a realidade de cada paciente.
Um grande exemplo, é a reunião de dados de pacientes com diabetes. Essa condição de saúde é muito delicada e, caso não for devidamente tratada com rotinas frequentes e consistentes, pode levar o paciente a consequências severas em seu quadro de saúde.
Coma as informações reunidas, a organização poderá criar um programa de saúde que vise acompanhar o dia a dia das pessoas que desenvolveram a diabetes, para agir efetivamente em seu tratamento, mesmo que os pacientes não estejam presentes na instituição.
Além disso, a instituição poderá criar um protocolo de pós-atendimento focado em cada tipo de enfermidade, acompanhando cada paciente em seu tratamento.
Como a Nuria realiza a interoperabilidade de dados em Prontuários Eletrônicos?
A Nuria realiza a interoperabilidade aplicada ao Prontuário Unificado por meio do repositório HL7 FHIR (Fast Healthcare Interoperability Resources).
Este repositório é uma norma desenvolvida pela Health Level Seven International (HL7), uma organização não governamental que estabelece padrões para a troca, integração e compartilhamento de dados eletrônicos em saúde.
A FHIR é um dos padrões mais recentes e avançados projetados para facilitar a movimentação de informações eletrônicas de saúde entre sistemas de forma rápida e eficiente.
Para exemplificar melhor o uso dessa ferramenta tão importante para a interoperabilidade de dados, listamos abaixo alguns dos principais recursos que um hospital dispõe ao utilizar o FHIR:
- Integração de registros médicos eletrônicos (EMR)
- Integração de sistemas de informação laboratorial (LIS)
- Integração de sistemas de imagens médicas (PACS)
Por exemplo, quando um médico acessa o prontuário eletrônico de um paciente, ele pode ver uma visão integrada que inclui o histórico médico do paciente, os resultados mais recentes de exames laboratoriais e imagens médicas, tudo acessado através de APIs que seguem o padrão FHIR.
Isso não apenas poupa tempo, mas também proporciona ao médico uma visão completa e atualizada do estado de saúde do paciente, facilitando decisões clínicas mais informadas e precisas.
Quer levar essa facilidade para a sua instituição de saúde?
A Nuria está há mais de uma década atuando no mercado da saúde sendo uma das poucas Health Techs focadas no desenvolvimento de soluções para atendimento ao paciente, e desenvolvimento de plataformas de API para integração de soluções ligadas ao ramo da saúde e gestão.
Com um time de especialistas que realizam imersão na realidade de cada instituição para entregar a solução mais adaptada, a Nuria está transformando a realidade do atendimento aos pacientes que resulta em uma maior fidelização de pacientes e, consequentemente, um aumento na receita dessas instituições parceiras.
Nosso time técnico e comercial está disponível para entender sua realidade e seus anseios quanto a interoperabilidade de dados. Vamos conversar?
