Crises são reais e elas podem acontecer em diferentes escalas e diferentes segmentos sociais. As crises na área da saúde podem acontecer em diferentes áreas, conforme veremos neste conteúdo. Porém, nossa proposta é levá-lo a entender como a interoperabilidade nas tecnologias utilizadas pelas instituições de saúde podem atuar positivamente na resolução e no gerenciamento de crises.
A crise se caracteriza por um problema generalizado que, pode ou não, ser previsto, e que causa impacto negativo na rotina das pessoas e nos resultados da instituição.
Na área da saúde a crise pode vir a partir de diversos contextos que causam sobrecargas nos atendimentos aos pacientes como:
- Pandemias e Epidemias (COVID-19, doenças virais localizadas)
- Desastres naturais (inundações, vendavais)
- Crises de segurança (terrorismo)
- Crises na infraestrutura (incêndios, alagamentos)
- Crises de fornecimento (falta de medicamentos ou equipamentos essenciais ao atendimento)
Em cada uma dessas crises vai haver uma necessidade de um gerenciamento eficiente que, em geral, estará aliado às tecnologias utilizadas pela instituição.
Neste momento, percebe-se que dispor de tecnologias modernas e dotadas de interoperabilidade de dados é uma grande vantagem para instituições de saúde que querem mitigar os impactos negativos das crises.
Continue lendo para saber mais sobre as vantagens de ter suas soluções conectadas a partir de um mesmo fluxo de dados.
Excesso de pacientes na sala de espera
Na maioria das crises, o excesso de pacientes na sala de espera acaba sendo uma consequência comum, porém, apesar de ser algo “normal”, isso precisa ser gerenciado da maneira mais consciente, do contrário, a instituição poderá ter sua imagem comprometida pela avaliação dos pacientes.
A demora no atendimento e a falta de eficiência dos processos pode ser um indício de que as soluções tecnológicas usadas na instituição carecem de usabilidade e interoperabilidade para que promovam um atendimento rápido e eficiente em todas as etapas.
Como a interoperabilidade agiliza os processos em tempos de crise
Nesta seção iremos abordar os contextos onde a interoperabilidade de dados traz benefícios às equipes, bem como aos pacientes em termos de praticidade.
Troca Rápida de Informações
Sistemas de saúde interoperáveis permitem que informações sobre pacientes sejam compartilhadas rapidamente entre diferentes hospitais, clínicas e laboratórios, melhorando a coordenação dos cuidados.
Histórico Médico Completo
Profissionais de saúde podem acessar o histórico médico completo de um paciente, independentemente de onde o atendimento anterior foi prestado, o que é vital para decisões informadas em emergências.
Sistema de Alerta Rápido
Dados coletados em tempo real podem ajudar a detectar surtos de doenças precocemente, permitindo uma resposta rápida e a implementação de medidas de contenção.
Gerenciamento de Capacidade
Hospitais podem compartilhar informações sobre a capacidade de leitos, disponibilidade de ventiladores e outros recursos críticos, facilitando o encaminhamento de pacientes para unidades com capacidade de atendimento.
Redução de Redundâncias
A interoperabilidade reduz a necessidade de repetição de exames e procedimentos, economizando tempo e recursos valiosos.
Automatização de Processos
Processos administrativos e clínicos podem ser automatizados, liberando profissionais de saúde para se concentrar no atendimento ao paciente.
Acompanhamento de Pacientes
Pacientes em quarentena ou isolamento podem ser monitorados remotamente, com dados de dispositivos de monitoramento domiciliar integrados aos sistemas de saúde (dispositivos wearables).
Gestão de Estoques
Informações sobre estoques de medicamentos e equipamentos podem ser compartilhadas e gerenciadas de forma mais eficaz. Isso evita a falta de medicamentos ou utensílios fundamentais para o atendimento, uma vez que todas as informações são atualizadas tem tempo real.
Crises relacionadas à catástrofes naturais: O caso Rio Grande do Sul
Não estamos muito longe de uma crise natural que tomou proporções inimagináveis no estado do Rio Grande do Sul. As enchentes causadas pelas fortes chuvas em Maio arrasaram mais de 400 estados, colocando em “xeque” a performance dos hospitais públicos e particulares diante de uma crise que atingiu milhares de pessoas.
Certamente, a maioria dessas instituições não imaginavam que as inundações trariam tamanho caos, sobretudo, aos profissionais de saúde, devido às constantes demandas de pessoas feridas, além de outros fatores como contaminação pela água, por exemplo.
Devido aos danos causados a mais de 141 unidades de saúde, aconteceu um acúmulo de ocorrências nas instituições que estavam disponíveis na época em que as inundações aconteceram.
O caos vivido pela população gaúcha é uma aplicação social do que abordamos aqui no que diz respeito a ter as melhores práticas de tecnologia para agilizar atendimentos e prestar serviços eficientes aos pacientes.
Hospitais e clínicas precisam estar preparados para as crises, sabendo que independentemente da origem dessas crises, todas elas irão refletir no relacionamento final que a instituição possui com seus pacientes.
Os inúmeros benefícios da interoperabilidade na área da saúde
Além de todos os contextos que mencionamos aqui, as informações de valor geradas pelas soluções podem ser convertidas em relatórios inteligentes capazes de ajudar os profissionais a identificar padrões e assim contribuir para as áreas de pesquisa e desenvolvimento, as quais estão diretamente ligadas à inovação.
Além disso, a contribuição dessas informações podem servir para basear práticas epidemiológicas e estudos clínicos responsáveis pelo desenvolvimento de novas terapias e vacinas.
Com a interoperabilidade, esses dados e estudos podem ser compartilhados rapidamente entre instituições, acelerando o desenvolvimento de soluções para a crise.
A pergunta que fica aos nossos leitores é: Se hoje seu hospital, clínica ou laboratório enfrentasse uma crise epidemiológica, ele teria estrutura tecnológica interoperável para agilizar o atendimento e promover um atendimento humanizado aos pacientes?
Esperamos que este conteúdo tenha servido como um guia para instituições que estão em fase de planejamento de evolução tecnológica.
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