Gestão de inovação em Instituições de saúde: Como implementar esta área?

Gestor de inovação na área da saúde

A área da saúde sempre é colocada como prioridade quando se trata de inovações tecnológicas, uma vez que tais inovações impactam tanto na longevidade quanto no aperfeiçoamento do bem-estar humano.

Desde os dispositivos wearables que monitoram nossa atividade física até os sistemas de teleconsulta que nos conectam instantaneamente a profissionais médicos, a inovação está moldando o futuro da assistência médica.

No entanto, para que essas inovações sejam verdadeiramente eficazes e transformadoras, é essencial que as instituições de saúde tenham um setor dedicado à gestão da inovação.



Mesmo que, como empreendedor ou como um gestor do alto escalão da empresa, seja possível estar atento às inovações, dispor de pessoas dedicadas e especializadas neste campo do conhecimento trará a sua instituição muitos benefícios, tanto na captação de novos insights quanto na criação de planos de ação e implementação dessas inovações.

Criamos este conteúdo para mapear as principais funções e atribuições do profissional ligado à Gestão de Inovação, na intenção de auxiliar as instituições de saúde a implementarem este setor da forma mais sábia e eficaz.

O que o Gestor de Inovação na área da saúde?

O gestor de inovação é um profissional focado em facilitar e administrar o processo de inovação dentro de uma empresa, ou seja, consiste em captar ideias de novidades tecnológicas ou novas práticas de gestão e realizar um plano de implementação envolvendo toda a corporação.

Em termos gerais, a gestão feita por um profissional focado em inovação envolve:

  • Administração do processo de inovação: Garantir que a inovação seja um processo contínuo e bem administrado, não apenas uma iniciativa pontual.
  • Estratégias para superar barreiras: Implementar estratégias para superar obstáculos e garantir que as ideias inovadoras sejam bem-sucedidas.
  • Fomentar a colaboração: Estimular a contribuição de todos os membros da equipe, engajando-os no planejamento e na execução da inovação.

Gestor de inovação é uma função recente?

De acordo com a Distrito, uma empresa que há mais de 6 anos vem fomentando a inovação na América Latina, a função do Gestor de inovação é sim uma profissão recente que se destacou no cenário corporativo devido aos constantes avanços que as empresas precisam fazer para se adequar ao cenário flexível e ágil dos negócios.

Empresas da área da saúde são uma das mais impactadas com a inovação, já que a tecnologia tem contribuído cada vez mais sobretudo para a medicina diagnóstica por meio de equipamentos que a cada dia demonstram mais precisão.

Incorporar essas novas tecnologias ou até mesmo novas técnicas exige planejamento, atenção, constância e engajamento multidisciplinar, ou seja, união de diversos setores e pessoas de uma mesma instituição.

A necessidade de haver alguém focado neste planejamento acabou demandando a criação da função Gestor de inovação.

Gestor de inovação na área da saúde

Quando se fala em inovação, logo vem à mente o avanço tecnológico presente em equipamentos de última geração ou quem sabe o uso da Inteligência Artificial (IA), porém, nem sempre a inovação se resume às máquinas.

Na área da saúde um gestor de inovação pode, por exemplo, focar em buscar melhorias na qualidade dos serviços e redução de custos. Neste caso, utiliza-se a inovação para otimização de processos internos.

Um ponto relevante da inovação neste sentido foi a digitalização de documentos e uso de ferramentas tecnológicas para agilizar o atendimento.

Sistemas integrados passaram a reduzir os trabalhos manuais dos profissionais da saúde, além disso, a interoperabilidade de dados entre os sistemas agilizou o atendimento trazendo mais conforto aos pacientes.

Neste caso, a aplicação da tecnologia na saúde traz melhoria na execução de serviços. Porém, quem lida com a implantação de sistemas sabe que é necessário um grande estudo de impacto, e um planejamento eficaz para que a instituição faça a migração das soluções.

Além disso, o gestor de inovação precisa planejar a conscientização e treinamento das equipes impactadas com a inovação, do contrário, mesmo tendo sucesso na migração dos sistemas, ainda enfrentará dificuldades com sua utilização por parte dos colaboradores presentes na operação.

Como planejar a inovação em uma instituição de saúde?

Entender os conceitos da gestão da inovação não é uma tarefa tão difícil, porém quando se está diante de um desafio real de melhoria de processos, talvez você se pergunte:

  • Por onde começar?
  • Como planejar a implantação de uma inovação?
  • Como envolver as pessoas envolvidas nos processos?
  • Como reduzir impactos negativos da inovação implementada?

Pensando em todos esses questionamentos, optamos pela elaboração deste guia para auxiliar profissionais que estão diante de um desafio de inovação.

1º Identifique as necessidades e desafios que as pessoas estão enfrentando em seu dia a dia

Logo no primeiro passo já podemos perceber o quanto dependemos das pessoas antes mesmo de pensar em inovação. São elas que apontam as debilidades da instituição que necessitam de otimização.

Tanto os profissionais da instituição de saúde quanto os pacientes precisam ser ouvidos. Para isso, você vai precisar planejar dispositivos de captação da opinião dessas pessoas.

Procure realizar isso de forma anônima para que as pessoas se sintam livres para expressar os reais problemas que enfrentam em seu dia a dia.

Uma pesquisa de clima é uma ótima opção para este tipo de captação de informações. Deixe claro na introdução da pesquisa que as opiniões irão corroborar para novas estratégias de inovação para a empresa que impactarão o dia a dia de todos.

Após ter as respostas em mão, procure tabular e quantificar as respostas para ter dados estatísticos que representem a opinião dos participantes.

A partir dessa captação, forme uma lista de prioridades, na qual você estabelece a descrição do problema e a sugestão de melhoria para sua resolução (inovação).

Com esta técnica você já vai ter o “pontapé” inicial para seu planejamento de inovações.

Em uma instituição de saúde, será comum a identificação de lacunas como:

  • prestação de serviços ineficiente
  • problemas de comunicação entre equipes médicas e administrativas
  • falta de comunicação entre sistemas de informação utilizados no dia a dia
  • ineficiência na gestão de estoque de equipamentos e suprimentos para uso diário nos atendimentos
  • falta de transparência e dados para tomadas de decisões financeiras e administrativas.

A primeira fase será muito teórica e pouco prática, porém é essencial para que futuramente a implementação seja bem sucedida.

2º Definição de objetivos e Metas Claras

Nesta fase, é comum que muitos gestores façam uso de técnicas como a SMART para estabelecimento de metas claras para um projeto.

De acordo com essa metodologia (SMART), esses objetivos devem ser:

  • Específicos (Specific)
  • Mensuráveis (Measurable)
  • Alcançáveis (Achievable)
  • Relevantes  (Relevant)
  • Temporais (Time-bound)

Em resumo, os objetivos precisam ser gerais, estabelecendo onde a instituição quer chegar após a implementação das inovações, por exemplo:

Exemplos de Objetivos:

  1. Melhorar a agilidade do atendimento dos pacientes
  2. Agilizar as operações dos profissionais
  3. Obter dados mais precisos dos atendimentos diariamente
  4. Aumentar em 40% a receita da instituição

Exemplos de Metas:

  1. Realizar a migração de sistemas até Fevereiro de 2025
  2. Promover treinamento e capacitação dos colaboradores até Maio 2025
  3. Treinar o time administrativos para análises gerenciais de dados até Junho de 2025

Enquanto os objetivos estabelecem uma linha reta entre a situação real e a situação ideal, as metas estabelecem pequenos alcances que delimitam as etapas de execução.

Lembre-se: Mesmo que você seja um profissional de inovação que opera sem uma equipe, vai ser altamente necessário contar com a participação dos gestores das mais diferentes áreas da instituição. Sem essa integração, a inovação se torna mais difícil.

3º Desenvolvimento de um plano estratégico para implementação da inovação

Agora que você tem os objetivos e metas em mente, é hora de registrar o plano estratégico. Neste plano você precisa delimitar:

  • Problemas levantados
  • Sugestões de soluções (inovações)
  • Valores financeiros envolvidos no processo (equipamentos, consultorias, contratações)
  • Pessoas responsáveis por cada área da execução
  • Cronograma de execução de cada etapa e cada responsável

Este documento precisa ser apresentado a todos os envolvidos e, de alguma forma, você precisará promover encontros que engajem as pessoas em meio às etapas.

Os responsáveis por cada área de execução do plano precisarão ter o cronograma incorporado em suas atividades, para que não haja atraso nas etapas.

A colaboração entre equipes multidisciplinares, incluindo profissionais de saúde, tecnologia da informação, administração e pacientes, é essencial neste estágio.

4º Seleção de tecnologias e parceiros adequados

Ao planejar a inovação de um novo sistema de atendimento integrado, é importante selecionar as tecnologias e parceiros certos que atendam às necessidades específicas do hospital.

Isso pode incluir a implementação de sistemas de gestão hospitalar, plataformas de telemedicina, dispositivos de monitoramento remoto, entre outros.

Avaliar cuidadosamente as opções disponíveis, considerando custo, escalabilidade, integração com sistemas existentes e suporte pós-implementação.

Observar os prazos nesta etapa é muito importante, pois o tempo de implantação de sistemas pode variar muito conforme o parceiro. As datas de finalização das implantações devem estar dentro do seu cronograma.

5º Teste piloto para avaliação das inovações implementadas

Antes da implementação em larga escala (lançamento), é recomendável realizar um teste piloto da nova implementação, ou seja, após incluir novas tecnologias, sistemas ou processos, é necessários submetê-los a um período de testes, a fim de averiguar sua eficácia ou quem sabe os pontos de melhoria para adaptação à sua instituição.

Defina um prazo para testes, registros e análises, de modo que você consiga ter tempo hábil para reunir dados e pessoas envolvidas, a fim de avaliar as implementações.

Isso permite identificar e resolver quaisquer problemas ou desafios antes do lançamento completo.

Além disso, é importante realizar uma avaliação contínua do sistema após a implementação, monitorando métricas-chave, coletando feedback dos usuários e realizando ajustes conforme necessário para garantir sua eficácia e sucesso a longo prazo.

Não deixe a gestão de inovação para depois

Postergar a criação de uma posição dentro da empresa ligada à gestão de inovação, ou quem sabe a criação de uma equipe para este propósito pode ser imprudente, pois enquanto você adia, outras empresas do mesmo ramo estão evoluindo e conquistando mais clientes em decorrência das inovações.

Inovar é um atributo a mais para sua marca, pois mostra aos clientes/pacientes que você está comprometido com a constante atualização e qualidade na prestação de serviços.Não deixe de conferir nosso Blog todas as semanas. Lançamos frequentemente novidades sobre o universo da saúde e tecnologia.

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Nuria © 2012-2023
Feito com ❤️ em Belo Horizonte

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