As previsões sobre a assimilação da Internet das Coisas pelo setor de saúde nunca estiveram tão positivas. Somente em dezembro de 2019, o tema foi notícia em portais gringos como o MobiHealth News, o Yahoo Finance e a gigante CIO, além de ganhar destaque na revista nacional Healthcare Management. Em todos os conteúdos, os veículos pareceram convergir para uma única certeza: o fato de que a conexão entre dispositivos diversos e a Internet só tende a contribuir para o avanço do segmento médico.
Realmente, falar das tendências que circundam clínicas, hospitais e laboratórios sem mencionar o assunto é impossível. Afinal, não faz muito tempo desde que itens como os marcapassos cardíacos e os sensores ingeríveis chegaram para ficar — e provaram que têm muito a oferecer. Junto deles, são centenas as tecnologias que, por meio do cruzamento de dados, estão revolucionando a interação entre os pacientes e as instituições médicas. Que tal conhecer algumas delas?
Internet das Coisas na saúde: exemplos de forte impacto!
Os benefícios dos sensores ingeríveis
Já faz alguns anos que ouvimos falar na chegada dos sensores ingeríveis para o tratamento de doenças. De forma geral, como o próprio nome sugere, são microaparelhos que, engolidos, permitem que médicos monitorem o nível de medicação à distância. Em alguns casos, tudo acontece via Bluetooth e o profissional acompanha o andamento pelo smartphone.
Assim, com o monitoramento diário, a tendência é que os paciente se sintam mais apoiados para concluir o tratamento. Isso sem contar que, detectado algum problema na dosagem dos medicamentos instantaneamente, fica mais fácil intervir nos métodos terapêuticos — o que significa mais esperança para quem sofre com alguma doença.
De acordo com uma reportagem da Istoé, a inovação tem sido um dos grandes responsáveis pela evolução do tratamento à tuberculose. Afinal, em muitas situações, a transmissão da doença está relacionada à resistência ao tratamento por parte das pessoas, o que contribui para seu contágio. Para que fique claro, segundo o veículo, um estudo na Califórnia revelou que mais de 90% dos pacientes que utilizavam o sensor seguiam as doses diárias corretamente.
Detectando o câncer de mama com vestíveis
Ainda seguindo a linha dos microssensores que detectam padrões, outra grande aposta para os próximos anos são os ITBra, top vestíveis que identificam variações de temperatura na região dos seios. Até o momento, a funcionalidade se restringe ao desenvolvido pela Cyrcadia Health, que oferece soluções tecnológicas para detecção do câncer de mama.
Tudo acontece da seguinte forma: enquanto a paciente usa o dispositivo como se vestisse um sutiã, seu médico recebe as informações corporais a um clique de distância, direto do smartphone. Dessa forma, é possível identificar o quadro clínico o quanto antes, de forma não invasiva e com bom custo. Ainda, o monitor de seios se apresenta como uma boa alternativa para quem precisa examinar a região mensalmente. Isso porque tudo é constatado em tempo real mesmo à distância!
Soluções que combatem infecções hospitalares
Não é novidade que as infecções hospitalares ainda são responsáveis por boa parte das internações. Sobre o tema, um relatório de 2018 da OMS (em parceria com o Banco Mundial e ODCE) concluiu que, em países de alta renda, 7% dos pacientes internados adquirirão alguma infecção durante sua estadia hospitalar. Ou seja: é questão de necessidade trabalhar para minimizar o problema dentro das organizações de saúde.
É pensando nisso que algumas empresas têm aliado os avanços da Internet das Coisas à vontade de melhorar tal cenário. Aqui no Brasil, a Logicalis é responsável pelo chamado Clear Hands, sistema que monitora em tempo real a higienização dos profissionais que circulam pelos ambientes.
Tudo é registrado por totens de álcool gel equipados com sensores, que identificam quem está ou não com as mãos higienizadas. O legal é que a identificação vem de informações do próprio crachá dos funcionários!
Junto da solução, há toda uma diversidade de ferramentas por aí voltadas às infecções. Outro bom exemplo é o robô Laura, que lê informações dos pacientes com riscos de infecção generalizada e envia alertas à equipe hospitalar a cada 3,8 segundos. Até o momento, o robô, criado por um curitibano, já auxiliou mais de nove mil pessoas em todo o país. No total, são dez vidas salvas por dia graças às suas funcionalidades.
De fato, são muitos os impactos da Internet das Coisas na saúde, não é mesmo? E você, conhece mais alguma solução que está mudando o setor? Então conte para a gente nos comentários! Vamos adorar saber.